Estava há um bom tempo sem me confessar, carregando um fardo pesado dos pecados que cometi, e então resolvi procurar um padre que pudesse me atender em algum horário flexível, tendo em vista que trabalho o dia todo e por isso, não conseguia ir nos horários estabelecidos. Na época, minha namorada, agora noiva, disse-me que me dava total apoio para fazer isso, a todo tempo me incentivava e não me deixava ficar desanimado caso as coisas não saíssem conforme os meus planos. E assim foi, na primeira tentativa, lembro-me como se fosse ontem: procurei um Padre conhecido pelo 'Facebook' e então enviei uma mensagem perguntando se ele poderia me atender fora do horário estabelecido para confissões. A resposta, não foi exatamente o que eu esperava de um Padre, que ao contrário do que fez, deveria alegrar-se pelo simples fato de uma pessoa procurar a confissão para ficar mais próximo de Deus."Não vou citar a resposta que recebi, para não fazer nenhum tipo de exposição". Não contente com sua resposta, procurei outro, no Facebook mesmo, e obtive uma resposta ainda pior do que a primeira. A partir desse momento, comecei a perceber um desânimo querendo tomar conta de mim, mas logo entra em ação algo muito importante na vida do ser humano; alguém que realmente se preocupa com você, que não deixa você cair, que insiste, que persiste, que quer o seu bem, enfim, alguém que esteja do seu lado haja tempestade, haja sol. E no meu caso, essa pessoa era minha amada noiva: Jéssica Santos Castelli, que não deixou de forma alguma que eu desistisse logo na primeira barreira.
Ao passar dos dias, pesquisei igrejas próximas e comecei minha incansável busca a procura de algum Sacerdote que pudesse me atender. Entrei em contato com uma, na qual me disseram que o Padre atendia após a missa. É impossível não lembrar o quanto fiquei empolgado -empolgação que duraria pouco tempo- e o quanto aliviado fiquei, com a sensação de que havia conseguido. Porém, na igreja, recebo a notícia ao fim da missa que o Padre não poderia atender naquela noite e assim, mais uma vez, me apareceu o espírito do desânimo fazendo com que eu imaginasse que Deus não quisesse que eu me confessasse e pior ainda, fazendo-me acreditar que continuar no pecado seria mais fácil. Comentei com minha noiva e ela novamente me deu aquela dose de ânimo. No dia seguinte, tentei mais uma vez, esperançoso, na mesma Paróquia -mal sabia eu que seria apenas mais uma tentativa em vão- e assim foi. Ao término da missa novamente, o Padre comunicou que não atenderia nenhuma confissão.
Confesso que naquele senti algo terrível dentro de mim, insinuando que eu deveria continuar no pecado, que seria mais prazeroso do que ficar por aí procurando se confessar. Resisti à isso. Porém, resolvi 'desistir' por um momento de tentar novamente.
Os dias foram se passando, e eu carregava aquelas coisas, aqueles fatos, dentro de mim. Foi quando um belo dia, na Paróquia que eu e minha noiva frequentávamos, após a missa, conversei com o Sacerdote e ele disse que me atenderia sem problemas. Realizei a confissão e pude me sentir na presença de Deus novamente. Não comentei nada disso com o Padre naquela ocasião, mas me sentia extremamente leve e pude perceber a felicidade nos olhos da minha noiva que estava feliz simplesmente por eu estar feliz.
Talvez, se eu não tivesse alguém tão especial na minha vida (minha noiva), teria desistido logo na primeira barreira. Por isso, digo a vocês que estão lendo, NÃO DESISTAM, após a dor vem a alegria, pois Deus é amor e não te deixará sofrer.
Agradeço muito a Deus pelo maior presente que ele mesmo me enviou e que me pediu para zelar com o maior carinho, pelos dias de minha vida terna. J&J
Jhonata
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